No dia 25 de março, o Museu Bernardino Machado promove o seminário "A evolução ideológica dos movimentos sociais oitocentistas". Este encontro, que acontece a partir das 10 horas, faz parte do ciclo "Organização, Ação e Pensamento Social nos 150 anos da Fraternidade Operária", realizado pelo Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Assista aqui à conferência. Sinopse
Em 1872, José Fontana e Antero de Quental, depois de um mítico encontro no Tejo com os internacionalistas espanhóis Anselmo Lorenzo, Tomás Morago e Francisco Mora, estiveram envolvidos na fundação da Fraternidade Operária, uma federação de organizações de novo tipo, designadas de associações de resistência, que organizaram o primeiro surto grevista em Portugal. Naquele mesmo ano, o porta voz da nova estrutura, o Pensamento Social, publicou os debates e as resoluções do Congresso de Haia da Associação Internacional Trabalhadores. A resolução dos trabalhadores fundarem Partidos políticos autónomos defendida por Karl Marx e apoiada pela secção portuguesa, determinou a rotura com a fação federalista, liderada por Mikail Bakunine e com significativo enraizamento em contexto espanhol.
Este processo tem repercussões relevantes e duradouras na evolução dos movimentos sociais ibéricos, no que respeita à organização, ação e pensamento. Propomos aprofundar a discussão em torno destas três dimensões em três encontros que terão lugar em Alcântara, Famalicão e Lagoa. Programa
Sessão da manhã: 10h às 12h "Azedo Gneco contra todos. Tensões internas no socialismo português oitocentista" Beatriz Peralta Garcia "Republicanos e socialistas (1904-1913)" Norberto da Cunha (Museu Bernardino Machado) Comentário de Paulo Jorge Fernandes (IHC-FCSH-NOVA) Sessão da tarde: 14h às 17h “Dinámicas radicales: culturas políticas e identidades populares en las Juntas urbanas (España, décadas de 1830 y 1840)” Pablo Sanchez Leon (CHAM- FCSH-UNL)
"Do Consenso ao Conflito: a radicalização do movimento operário através do teatro (Portugal, 1850-1926)" Cláudia Figueiredo (IHC-FCSH-UNL) Comentário de Diogo Duarte (IHC-FCSH-UNL) |